Cuidados de Saúde
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Choros Silenciosos: Avanço da IA Ajuda Enfermeiras a Detectar Dor em Bebês na UTI Neonatal

Pesquisadores da Universidade do Sul da Flórida e do Tampa General Hospital estão desenvolvendo um sistema inovador de IA para monitorar e detectar a dor em bebês na UTI Neonatal em tempo real, oferecendo uma nova forma para as enfermeiras cuidarem dos pacientes mais vulneráveis.

Choros Silenciosos: Avanço da IA Ajuda Enfermeiras a Detectar Dor em Bebês na UTI Neonatal
O choro de um bebê é um sinal universal de ajuda, mas o que acontece quando um bebê é frágil demais para sequer chorar? Este é o desafio silencioso enfrentado diariamente por enfermeiras na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal), onde os bebês mais vulneráveis lutam por suas vidas. Para esses cuidadores dedicados, entender se um bebê está com dor é uma tarefa constante e difícil, baseada em sinais sutis e anos de experiência."Como enfermeira de beira de leito, é muito difícil. Você está tentando ler os sinais do bebê", compartilha Marcia Kneusel, enfermeira de pesquisa clínica com mais de duas décadas de experiência na UTI Neonatal. Embora as enfermeiras sejam hábeis em ler sinais vitais, ela admite, "não é tão claramente definido como se você tivesse uma máquina que pudesse fazer isso por você."Agora, essa máquina está se tornando realidade. Em um novo e promissor estudo, o Tampa General Hospital (TGH) e a Universidade do Sul da Flórida (USF) estão unindo forças para desenvolver um sistema de inteligência artificial projetado para ser o defensor do bebê, detectando sua dor em tempo real.### Como a IA Está Aprendendo a OuvirFinanciado por uma doação de US$ 1,2 milhão do National Institutes of Health (NIH), o projeto é liderado por Yu Sun, professor de robótica e IA na USF. O conceito é simples e revolucionário."Teremos um sistema de câmera basicamente voltado para o bebê", explica o Professor Sun. "O sistema de câmera será capaz de observar a expressão facial, o movimento corporal e ouvir o som do choro, além de obter o sinal vital."O estudo envolve a gravação de vídeo de 120 bebês no TGH, no Stanford University Hospital e no Inova Hospital. Essa filmagem, capturada antes e depois de procedimentos médicos de rotina, ensinará o modelo de IA a reconhecer a combinação específica de caretas faciais, movimentos corporais e flutuações de sinais vitais que indicam dor.Uma vez treinado, o sistema atuará como um observador vigilante. "Então um alarme será enviado para a enfermeira", diz Sun. "A enfermeira virá e verificará a situação, decidindo como tratar a dor." Isso não se trata de substituir o cuidado humano, mas de aumentá-lo, dando às enfermeiras uma ferramenta poderosa para responder de forma mais rápida e precisa.### Uma Nova Era para os Cuidados NeonataisEsta tecnologia representa um avanço significativo na forma como a dor infantil é gerenciada. A enfermeira Kneusel reflete sobre a evolução dos cuidados, desde períodos de supermedicação até um foco em métodos não farmacológicos que deixavam dúvidas persistentes sobre se um bebê ainda estava com dor. Esta IA poderia fornecer os dados objetivos necessários para encontrar o equilíbrio certo."Estou neste mundo há muito tempo, e esses bebês são muito queridos para mim", diz Kneusel. "Você realmente não quer vê-los com dor, e você não quer fazer nada que não seja do melhor interesse deles."O projeto está atualmente em sua primeira fase de coleta de dados e construção do modelo de IA. O próximo passo, aguardando uma doação maior de US$ 4 milhões do NIH, será lançar ensaios clínicos para testar o sistema em ambientes hospitalares reais, aproximando esta tecnologia compassiva das UTIs Neonatais em todos os lugares.### Principais Pontos *O Desafio: Bebês criticamente doentes na UTI Neonatal frequentemente não conseguem chorar, dificultando a detecção da dor pelas enfermeiras. *A Solução: O TGH e a USF estão criando uma IA que usa câmeras e sinais vitais para identificar sinais de dor em tempo real. *O Objetivo: O sistema alertará as enfermeiras sobre a dor potencial, permitindo um cuidado mais rápido e preciso. *O Apoio: A fase inicial é apoiada por uma doação de US$ 1,2 milhão do NIH, com planos para ensaios clínicos maiores. *O Impacto: Esta tecnologia pode revolucionar os cuidados neonatais, fornecendo uma medida objetiva do desconforto infantil, garantindo que os pacientes mais vulneráveis recebam o conforto de que precisam.
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